O projeto AMOSTRA CULTURAL DE LAURO DE FREITAS, dá sinais de um crescimento surpreendente e de amadurecimento. A sua visibilidade e alcance tem chamado à atenção de artistas, empresários do segmento de entretenimento e de produção artística, aqui em nossa cidade e fora.
Os produtores da AMOSTRA CULTURAL, Ricardo Vieira e Daniel Aranha receberam convite de um articulador cultural da cidade de Valença para levar artistas de Lauro de Freitas para aquela cidade e promover nos mesmos moldes um evento de amostras culturais no município. Outra boa noticia é a parceria firmada com o STÚDIO USINA, que tem como responsáveis o empresário MARCELO, e a produtora e atriz ANA PAULA CARNEIRO, que produz o espetáculo PAIXÃO DE CRISTO em Salvador, no Teatro Castro Alves, e produz também o espetáculo VOLTA SECA - O sentinela do Cangaço, e que a partir dessa parceria firmada com a AMOSTRA CULTURAL, poderá ser apresentada em nossa cidade, como também outras peças teatrais e apresentações de cantores da região metrolitana. Novas informações serão passadas através dos blogs e outras mídias de nossa urbe, dando conta dos frutos dessa junção.
"O CANGACEIRO VOLTA SECA'"
Espetáculo solo baseado na
vida do cangaceiro Volta Seca, integrante do bando do Rei do Cangaço, Lampião. A
montagem constrói uma tessitura peculiar, que se afasta da imagem clássica e
recorrente do cangaço e do nordestino. O espetáculo constrói atmosferas
diferentes, que tanto aproximam a plateia da experiência mística, das batalhas
sangrentas, como dos medos, desejos e sofrimentos do personagem, compondo,
assim, um panorama mais próximo do carismático, misterioso e imprevisível Volta
Seca. A localização do cangaço se liberta da concepção geográfica para ganhar a
conotação mais humana e universal possível.
Recrutado ainda criança por
Corisco, o cangaceiro foi testemunha ocular do primeiro encontro de Virgulino
Ferreira e Maria Bonita, do nascimento das crianças do cangaço e de batalhas históricas
no sertão baiano, ricamente descrito no enredo da peça.
“A narrativa percorre o
campo das ideias e ações do bando, pincelando o discurso e a visão de mundo,
expondo a hierarquia militarizada, passando pelo treinamento dos “cabras” até chegar
às suas estratégias de combate.”, explica o ator e autor do texto, Edmar Dias.
A cultura do cangaço tem cuidadoso tratamento na representação do repertório
musical e também da culinária própria do bando.
“Escrito em um ato para o
teatro, o texto é documental e revela as perseguições das volantes, os momentos
de descontração do bando e, de maneira particular, a própria saga da
personagem. Um dos maiores fenômenos populares do Brasil, misto de banditismo e
heroísmo no imaginário coletivo, o cangaço de Lampião desafiou as autoridades e
sobreviveu por 20 anos às investidas das unidades volantes da polícia.”, revela
o diretor Fabio Nieto Lopez.
Quando a estrada finalmente
chegou ao sertão brasileiro, um tipo de levante armado e popular estava fadado
a desaparecer. Depois da morte de Lampião e Maria Bonita na gruta do Angico
(SE) e do fim da resistência de Corisco e Dadá, vencidos em Jeremoabo (BA), o cangaço
morreria de morte natural nos anos 40. Alguns homens, poucos, sobreviveram para
contar a história. Dentre eles, a figura frágil e perplexa de Volta Seca, homem
de confiança de Virgulino Ferreira da Silva, o rei do cangaço.
Apesar
da referência histórica, e do encontro da plateia com seu personagem no palco,
próximos uns dos outros, esse momento não faz referência unicamente a uma
história distante, porque o plano dessa “prosa” aparentemente improvisada se dá
em um ambiente onírico, articulando a linguagem teatral em sua concepção
poética, inventiva, sonora e plástica. Nesse plano de possibilidades, Volta
Seca é o anfitrião.
Os fatos históricos foram
transformados em cena na peça teatral O
cangaceiro Volta Seca, escrita e interpretada pelo ator e dramaturgo Edmar
Dias.
Sobre o
cangaceiro
Sergipano da cidadezinha de
Saco Torto (Se), Antônio dos Santos fez jus ao nome da localidade em que
nasceu. Matou pela primeira vez aos 10 anos e entrou para o bando de Lampião
aos 12, destacando-se pela coragem, valentia e implacável postura de sentinela.
O franzino menino cangaceiro tudo via, com seus olhos de ave de rapina. Único
“cabra” a desafiar o próprio chefe para uma briga, Volta Seca foi preso aos 14
anos. Julgado aos 16, foi condenado a 145 anos de cadeia. Na prisão conheceu
Irmã Dulce e virou personagem de Jorge Amado no romance Capitães da Areia.
Além da destreza como franco
atirador, Volta Seca mantinha boa relação com a habilidade de compor. São dele
as famosas músicas do cangaço Acorda Maria Bonita e Mulher Rendeira, por
exemplo.
Serviço
O Cangaceiro Volta Seca
Onde: Teatro Espaço Xisto
Bahia (R. General Labatut 27, Barris - Salvador)
Quando: De 05 a 26 de julho, 02 e 09 de agosto, quintas feiras
Horário: 20h
Quanto: R$ 20,00 e 10,00
Classificação: 14 anos
Informações: 71-3117-6155/9330-9385/9121-1940/3117-6155
www.espetaculovoltaseca.blogspot.com
espetaculovoltaseca@gmail.com
Ficha
Técnica
Texto e interpretação: Edmar
Dias
Direção: Fábio Nieto Lopez
Assistência de direção: Uarlen Becker
Assistência de direção: Uarlen Becker
Produção: Ana Paula Carneiro
Trilha Sonora: Denis Wan-Dick
Corbi
Cenário: Yoshi Aguiar
Coreografia: Dalvinha Gomes
Figurino e Maquiagem: Renata
Cardoso
Iluminação:Nando Zâmbia
Operação de luz e assistência de produção: Fernanda Avelar
Operação de som: Gabriel Carneiro
Operação de luz e assistência de produção: Fernanda Avelar
Operação de som: Gabriel Carneiro
Preparação Vocal: Marcelo Jardim
Pesquisa: Edmar Dias e Fábio
Nieto Lopez
Fotos e mídias sociais: Uarlen
Becker
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