MORRE O JORNALISTA E COORDENADOR DO CINE TEATRO DE LAURO DE FREITAS HAMILTON VIEIRA
Faleceu na madrugada desta quinta-feira (13), no Hospital Aristides Maltez, o jornalista e coordenador do Cine Teatro de Lauro de Freitas HAMILTON VIEIRA. A cultura de Lauro de Freitas está de luto pela perda de um ser humano formidável.
O sepultamento será no Cemitério Campo Santo ás 15h. Momento em que a sua família e seus amigos vão fazer as últimas homenagens.
Hamilton
Vieira
(Biografia)
Nascido no bairro da Fazenda Garcia, em 19 de julho, há
algumas décadas. Filho da dona de casa Maria da Glória Vieira e de Romualdo de
Jesus Vieira, sapateiro e funcionário público da Secretaria de Saúde do Estado
da Bahia, ambos falecidos. Concluiu o curso primário na Escola Úrsula Catharino
(Avenida Sete de Setembro); ginasial, no Colégio Estadual Edgard Santos
(Fazenda Garcia). Em 1982, graduou-se em Comunicação pela Escola de Comunicação
da Universidade Federal da Bahia (atualmente FACOM) é especialista em Educação
e Desigualdades Raciais, pelo CEAFRO, instituição do Centro de Estudos
Afro-Orientais (CEAO) da Ufba. Trabalhou nas redações dos jornais A Tarde,
Tribuna da Bahia e Correio da Bahia, geralmente nos Cadernos de Cultura. Desde
2007 é coordenador do Centro de Cultura de Lauro de Freitas, órgão da Fundação
Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), pertencente a Secretaria de Cultura do
Governo do Estado da Bahia (Secult). Foi o primeiro jornalista baiano a
escrever longas reportagens, principalmente sobre cultura negra, a exemplo da
Terça da Benção; história e importância dos blocos afros da Bahia; sambões
juninos. No começo da década de 1980, escreveu artigos sobre a cultura baiana
para a Revista Viver Bahia; para o Cadernos do CEAS (publicação dos padres
jesuítas) e também para publicações do CEAO.
Desde 1996 reside no município de Lauro de Freitas, onde trabalhou na
Sede de Projetos da Secretaria Municipal de Educação de Lauro de Freitas (SEMED),
foi um dos criadores do Projeto para a Capacitação dos Professores do município
para trabalhar com conteúdos da Lei 10.693/03, que obriga as escolas da rede
pública e privada trabalhar com temas ligados as culturas e história dos
afro-brasileiros, africanos e indígenas. Atualmente sou também professor do
MARV Pré-vestibular (Movimento de Apoio e Respeito à Vida), ONG de Lauro de
Freitas. No Marv ensino a disciplina Cidadania e Atualidades. Pretendo voltar a
estudar para fazer mestrado na área da Educação ou Antropologia. “ Sou uma
pessoa espiritualista. Tudo que faço para mim é uma missão. Optei por estudar
jornalismo, por acreditar que poderia denunciar situações injustas e contribuir
para acabar com o processo de exclusão e marginalização dos negros na imprensa
e outros grupos marginalizados como homossexuais, mulheres e outros. Ate os
anos de 1970, os negros, em geral, apareciam mais nas páginas dos jornais e
noticiários televisivos como marginais. Felizmente isso é coisa do passado.
Acredito também na educação e na cultura, como elementos de transformação das
sociedades. Um povo que tem acesso a educação e a cultura têm elementos para
serem mais sensíveis e humanizados. E isso contribui para a criação de uma
cultura de paz, que o mundo precisa”.
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